2 de set. de 2015

Sobre aqueles erros

Nunca fui de acreditar no amor, ou nessas histórias que são contadas nos filmes de Hollywood, até conhece-la. Não foi a primeira vista, já tinha passado alguns minutos a observando enquanto ela esperava alguém a buscar na porta da faculdade. Tínhamos nos falado vez ou outra pelo facebook, e haviam sido minutos incríveis, mas ela nunca foi de me responder diariamente. Passava semanas sumida, até voltar com aquela historinha de que a vida estava muito corrida. Talvez estivesse, e tudo que eu queria era algumas horas ao lado dela. Os últimos meses não foram fáceis, entre um relacionamento e outro eu me pegava pensando naquele cabelo preto, imaginando como seria dividir uma vida com aquela mulher que mal sabia dos meus planos com ela. Não sei dizer ao certo quando foi que ela resolveu tentar, mas os minutos de conversa foram se tornando horas, as madrugadas tornaram-se longas e a vontade de dizer algo mais, depois de um simples boa noite, apareceu. Não foi combinado, mas a gente se esbarrou, e antes que os meus olhos denunciassem o quanto eu havia esperado por aquele momento, ela me beijou. Sim, ela passou alguns segundos olhando meus lábios, depois de uma risada, o sorriso foi sumindo, a sobrancelha franzindo e eu senti sua respiração quente chegando, as línguas se encontraram e parecia que já nos beijávamos há anos. O beijo acabou e tudo que eu consegui fazer foi passar os dedos na bochecha dela e sorrir. Eu realmente não sabia o que dizer, mas tinha certeza de que a espera havia valido a pena. Silenciosamente eu agradeci por tudo de errado que aconteceu antes dela chegar e resolver que queria ficar.

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