5 de ago. de 2015

Ah menina!

Conheci uma menina que é diferente de todo aquele cardápio pronto que eu costumava caçar no domingo a noite. Na verdade ela é uma mulher. Decidida, segura, controladora, detalhista, simples, misteriosa, boa de cama, confusa e complicada na medida certa. Sim, linda. Não é o fundamental, mas é a cereja desse bolo cheio de camadas. Ela tem um estilo próprio, não segue as tendências. Já faz anos que brinco de pena caiu do galho, ela sabe disso, mas fica linda com aquele pescoço pelado, e apenas uma pena verde o enfeitando. Ela não usa perfume caro, mas tem um cheiro único, nada daquelas amostras grátis doces, que invadem nosso nariz sempre que andamos de ônibus. A unha nem sempre está feita e os pés não são de princesa, mas o jeito de se sentar na cadeira me faz sentir em casa. Ela beija com a boca, com os olhos, com o corpo inteiro. Nunca tinha visto nada igual, mas me alucina. Só cozinha pra sobreviver, mas faz uma gelatina maravilhosa. Vai por mim, existe segredo! Nunca entrei no quarto dela, aliás, nunca fui a casa dela. Ela não me chama, eu não peço. Não sei se ainda é cedo, mas estamos vivendo algo tão lindo, que prefiro deixar acontecer no tempo dela. Na cama, seus dedos falam, as pernas também. É só eu chegar perto que tudo se contorce, a respiração se torna profunda, as pernas se cruzam e o corpo se inquieta. Ela tem a capacidade de me tirar do sério e depois me relaxar. Essa menina é um risco que eu preciso correr.

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