17 de jul. de 2015

Embriagez


Pela primeira vez em dois meses me permiti não pensar no passado. Quando estacionei na porta da casa dela já tinha feito um combinado: essa noite não pensarei nos problemas, nem nos obstáculos que estamos prestes a enfrentar. Sei que quando ela desceu as escadas a mãe ficou da janela, rezando para que às 23h a mocinha estivesse de volta, sã e salva. Essa noite não vou leva-la a nenhuma boate ou bar, quero poder a olhar enquanto descansa no meu peito e conversar sobre o dia agitado, os medos e inseguranças. Vou a levar pra ver a lua, contar estrelas e encontrar nossa casa em meio a tantos arranha céu. A noite está linda. O vento trás o cheiro de morango que exala daquele cabelos preto. A mão quente acaricia os meus dedos e entre uma brincadeira e outra é possível ver aquele sorriso branco, brilhando na escuridão. Eu sorrio de volta. Amo quando um sorriso meu, arranca um sorriso dela. Olhos castanhos e pequenos me  encaram e é como se eu pudesse ver a alma dela. É impossível não ter forças para investir nesse amor. É impossível não querer encontra-la de novo, amanhã e depois, e na semana que vem, e todos os dias da minha vida. Pode ficar aqui, pertinho, não vai não, fica mais, fica pra sempre. A gente já sabe que amanhã a nossa dose um do outro é certa.

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