8 de jul. de 2015

É a sua vez

Estava aqui pensando. Quantos caras tem a sorte que eu tenho? Já tive algumas namoradas, beijei muitas bocas, conheci muitos corpos e perdi a conta de quantas mulheres estiveram na minha cama. O que eu sinto por você é exatamente o que eu fiz outras garotas sentirem. Me sinto em suas mãos, de um jeito bobo e frustrante. Sinto que a qualquer momento tu pode resolver fechar os dedos e me sufocar, ou unir o polegar e o indicador e me expulsar, assim como uma bola de gude. Não é exagero, não é vitimismo é só verdade. Um sentimento estranho que ainda não é amor, mas que está longe de ser amizade. Eu resolvi ser diferente, já te escolhi para ficar ao meu lado mesmo que tu não saiba, mesmo que eu não tenha revelado. Meus olhos fogem do seu olhar, porque tenho aquele medo louco de eles falarem demais. Falarem o que eu sinto, o que eu penso, o que eu vejo em você e que quase ninguém vê, porque eu sei que nos meus braços você se entrega, sei que esse teu corpo já é meu. Já ouvi que tu não quer, percebi que foge de mim com a mesma veemência que eu te persigo, te ligo, te trago e não largo. Para de fugir! Vem cá, eu já decidi. Olha nos meus olhos e me lê, me desvenda, me descobre. Pode olhar, não vou fugir mais. Te escolhi e agora quero que tu me escolha também.

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