Foi no olhar dela que eu encontrei amor, que eu encontrei paz, mas também encontrei um pouco de indiferença, logo perto do fim, quando já era difícil sorrir. Ela tinha o dom de me acalmar nas horas difíceis e sabia lidar comigo como ninguém. Ela também costumava contar comigo nos momentos ruins e eu sempre fazia questão de estar presente, mesmo que não fosse pessoalmente. Nós tínhamos uma sincronia digna de filmes de comédia romântica. Não éramos o casal perfeito, mas sabíamos a hora certa de dar espaço, assim como também a hora certa pro abraço. Nós sempre fomos meio caseiros, mas quando saíamos aproveitávamos dias inteiros. Foram várias aventuras que vivemos lado a lado e isso até poderia ter continuado, se não tivéssemos estragado. Começamos com cobranças sem sentido, depois o ciúme bobo também evoluiu. Logo estávamos discutindo por trivialidades, coisas das quais ríamos antes. No olhar dela, agora haviam apenas lágrimas, resquícios do que um dia jurávamos ter sido amor. É difícil, cara, quando a gente se deixa levar por sentimentos passageiros e acabamos falando coisas que não fazem o menor sentido, mas que magoam mais do que medimos. Foi por isso que acabamos nos distanciando e um ponto final encontrou lugar definitivo na nossa história. Então, por esse motivo, te deixo esse conselho, meu amigo: Cuida desse amor, rapaz. Tenta. Se esforça. Não deixe que sentimentos momentâneos estraguem algo que tem potencial pra durar a vida inteira. Algumas coisas ainda têm conserto, e talvez, mas só talvez, ainda seja a vez de vocês.
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