A gente não se vê todos os dias, apesar de ela se esforçar muito, nem sempre tem tempo pra me mandar um bom dia. Eu sinto falta, mas entendo, inclusive, tenho um puto orgulho dela, e contra a minha vontade, sinto ciúmes também, nada avassalador, só aquele tempero bom de saber que outros caras adorariam estar no meu lugar e que apesar disso, ela me escolheu pra passas as noites de sábado. Quando ela aparece, faz questão de recompensar todo aquele tempo longe, o quarto pega fogo, o corpo inteiro se aquece e o beijo me faz esquecer até dos mal entendidos da semana. Depois ela deita no meu peito e fica ali quietinha, tão indefesa, nem parece aquela mulher que estava agora há pouco em cima de mim, sedenta de desejo. Passamos horas em silêncio, nos olhando no escuro, e mesmo no breu, eu vejo aquele brilho nos olhos que me enche de esperança de dias cada vez melhores.
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