7 de set. de 2015

Aquela nossa viagem

O cheiro da pele dela está em mim. Tem fios de cabelo por toda parte, o lençol está no chão e os travesseiros estão revirados. Tem roupa jogada desde a porta da sala, os sapatos estão por aí. A casa está vazia e nesse momento, pouco importa os vizinhos, só consigo me concentrar no barulho que sai dos lábios semi abertos, não vejo nada além daqueles olhos cerrados que quando se abrem, praticamente imploram por mim. Minhas mãos passeiam pelo corpo dela, e mesmo que ela quisesse negar, o arrepio denuncia o quanto meus dedos tem o controle da situação. Minha língua percorre o pescoço descoberto, enquanto os gemidos se intensificam perto da minha orelha. Eu sinto quando ela se contorce, logo que minha língua encontra o seio dela, as coxas se apertam e impedem o caminho até o mais íntimo e desejado lugar daquele corpo. Mas ela abre, eu até resisto um pouco, mas a vontade de invadi-la é maior, os lábios soltam um gemido alto e intenso de prazer. Ainda não me acostumei a encontra-la molhada logo no início das preliminares, leva um tempo para se adaptar as surpresas de uma mulher como essa. Já conheço o gosto dela e é por isso que minha boca seca e eu mal posso evitar a vontade de tê-la na ponta da língua. Como se não fosse possível, meu tesão aumenta conforme o quadril dela se move ditando os movimentos que devo fazer, enquanto vez ou outra, segura minha cabeça para impedir um orgasmo. Mas hoje não, hoje quero vê-la desfalecer sem ser penetrada, a quero ainda mais depravada. Não tem erro, o corpo se enrijece e ao mesmo tempo treme, entre um espasmo e outro, entre um gemido e outro, as pernas ficam bambas, mas pelo tempo suficiente de me ver levantar. Me joga na cama e senta em mim. Me beija com sede e sente o gosto dela. Aquilo parece excitá-la. Ela não tira os olhos de mim enquanto tira o vestido e abre o sutiã, proporcionando uma visão perfeita dos seios. Os tenho entre as mãos, entre os lábios, entre os dentes. Com dedos ágeis, ela abre o botão da minha calça, afasta a lingerie preta e senta. Escorrega sem problemas, sem frescura, sem preparação, e é impossível não ouvir os nossos gemidos misturados, ecoando pelo quarto. Não dá pra fingir que ela não se encaixa perfeitamente em mim, não dá pra ignorar o quanto ela me molha entre uma sentada e outra. Eu a encaro, enquanto ela alterna entre o rápido e o devagar, com a língua percorrendo os lábios, como se quisesse devorar algo. É impressionante, mas nessas horas eu não a reconheço. Se torna uma mulher, daquelas que nos mostram o verdadeiro sentido do prazer. Não vai demorar muito, ela me aperta, me arranha e geme. Eu sinto o corpo acelerar, ela começa a se arrepiar e os movimentos falham. Eu assumo o controle, com força e na mesma frequência, e de repente eu me esvazio e ela me inunda. Juntos os corpos pulsam e tremem. Ela finalmente se permite relaxar, mas por apenas alguns minutos, até que os movimentos recomeçam, sem pausa nem descanso, só se preparam pra uma nova viagem ao sempre novo, prazer.

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