29 de jul. de 2015

Me perdi, enfim, me encontrei

Enquanto ela tentava de todas as formas possíveis, deixar claro que me amava, eu só conseguia pensar no passado. Nos erros que cometi e nos tropeços desses meus 20 e poucos anos. Não é uma vida longa, mas já carrego tantas cicatrizes e feridas mal curadas que poderia jurar ter algo em torno de 70. Esse não é meu drama pessoal, é apenas uma trajetória lotada de decisões desmedidas e inconsequentes. Logo que os olhos dela se fixaram no meu, soube que era hora de fugir. A boca se abriu e eu pude ouvir aquela maldita frase, capaz de destruir as barreiras mais fortes do mundo. Ela disse que me amava e a única coisa que me senti capaz de dizer, se pareceu mais com um pedido idiota e egoísta. "Não vamos apressar as coisas". Depois daquilo, virei as costas e parti. Viajei por 500km pra finalmente entender que meu lugar sempre foi ao lado dela. Depois de me perder, reparei no quanto a mania de proteção e a forma com que se preocupava com todos os detalhes, era prova diária de seu amor por mim. Entendi que é preciso se perder para enfim, se encontrar. Encontra-la. Estou voltando. Espero que ainda carregue o mesmo brilho nos olhos, com o qual me olhou há 9 horas atrás. Estou torcendo para que não tenha sentindo muito a minha falta. Desta vez, eu prometo dizer "eu também".

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